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A primeira estação de hidrogenação de reforma de etanol do mundo foi lançada no Brasil

2023-08-21

No dia 10 de agosto, o primeiro posto experimental de abastecimento de hidrogênio renovável (H2) à base de etanol do mundo foi inaugurado no campus da Universidade de São Paulo (USP), no Brasil.

Cobrindo uma área de 425 metros quadrados, a planta piloto pode produzir 4,5 quilos de hidrogênio por hora e abastecer até três ônibus e um veículo leve. Nos termos de pesquisa e desenvolvimento estabelecidos pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), a Shell Brasil fornecerá um investimento de R$ 50 milhões (aproximadamente US$ 10 milhões) para o projeto de pesquisa e desenvolvimento. A estação foi desenvolvida em colaboração entre Hytron, Raízen, SENAI CETIQT e a Universidade de São Paulo por meio do Centro de Pesquisa em Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI). Para testar a viabilidade do projeto, também foi assinado um memorando de entendimento com a Toyota. O local experimental deverá estar operacional no segundo semestre de 2024.

“O objetivo deste projeto inovador é tentar provar que o etanol pode ser um veículo para a produção de hidrogênio renovável, utilizando equipamentos logísticos existentes na indústria.” A tecnologia pode ajudar a descarbonizar indústrias que consomem energia de combustíveis fósseis”, afirmou Cristiano Pinto da Costa, CEO da Shell Brasil.

Os equipamentos a serem instalados no local incluem um reformador a vapor de etanol desenvolvido e fabricado pela Hytron. É nesta instalação, por meio de um processo químico denominado reforma a vapor, que o etanol reagirá com a água dentro do reator em temperaturas e pressões específicas para converter o etanol em hidrogênio. “Contribuímos com a tecnologia pioneira da Hytron no Brasil para demonstrar uma solução disruptiva por meio da qual o etanol em hidrogênio desempenhará um papel mais significativo e impactante na transição energética local e global”, disse Daniel Lopes, diretor Comercial da Hytron.

Durante a operação da estação experimental, os pesquisadores verificarão as emissões e os cálculos de custos do processo de produção de hidrogênio. “Nossa estimativa atual é que o custo de produção de hidrogênio a partir do etanol seja comparável ao custo de produção de hidrogênio por meio da reforma do gás natural, como tem sido feito no Brasil. Por sua vez, suas emissões são comparáveis ​​ao processo de eletrólise da hidroeletricidade para energia eólica”, disse. disse Julio Menegini, diretor científico do RCGI.

O etanol necessário para produzir o hidrogênio será fornecido pela Raízen, maior produtora mundial de etanol de cana-de-açúcar. Atualmente, o etanol é transportado do local de produção até o destino por caminhões-tanque, que têm capacidade para 45 mil litros (equivalente a cerca de 6 mil quilos de hidrogênio). Este veículo com a mesma especificação só pode transportar 1.500 quilogramas de hidrogénio comprimido gasoso, apenas um quarto do anterior. Outra vantagem desta solução é que ela pode ser facilmente replicada globalmente devido ao menor custo de transporte de biocombustíveis. Ricardo Mussa, CEO da Raízen, acredita que “o hidrogênio renovável produzido a partir do etanol terá um papel importante na matriz energética nas próximas décadas, principalmente porque reduz muito os desafios de transporte e distribuição de produtos”. O hidrogénio renovável pode aproveitar a infraestrutura de etanol existente nos postos de abastecimento para garantir o abastecimento rápido, sustentável e seguro dos veículos.”

O Instituto SENAI de Biossíntese e Inovação em Fibras do SENAI CETIQT realizará simulações computacionais para melhorar a eficiência do dispositivo, identificar oportunidades de melhoria e aumentar a taxa de conversão do etanol em hidrogênio renovável. “Estamos muito entusiasmados por fazer parte deste projeto revolucionário. Vamos nos concentrar em soluções avançadas e na bioeconomia e trabalharemos em estreita colaboração com nossos parceiros para otimizar o reformador do etanol e ajudar o Brasil e o mundo a concretizar esta tecnologia promissora”, disse Gerente do instituto Jo Levinson. o Bruno Bastos.

O hidrogênio produzido no local abastecerá os ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes de São Paulo (EMTU/SP), que operam apenas no campus universitário. Para testar o desempenho do hidrogénio, a Toyota forneceu ao projecto o Mirai, o primeiro veículo comercial a hidrogénio em grande escala do mundo. "O Brasil é um forte defensor dos biocombustíveis. Vemos o hidrogênio como uma fonte de energia limpa, renovável e que desempenha um papel importante na redução das emissões de CO2. Nossa participação neste projeto é o primeiro passo para a empresa testar o uso desta nova tecnologia em Estamos interessados ​​e dispostos a trabalhar com o governo do estado para viabilizar o transporte sustentável utilizando hidrogênio renovável extraído do etanol”, disse Rafael Chang, CEO da Toyota Brasil.


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